quinta-feira, 23 de outubro de 2008

BORBOLETAS


segunda-feira, 20 de outubro de 2008

TRISTEZA


Ontem chorei ao assistir à reportagem do Fantástico sobre o trágico desfecho do seqüestro em Santo André.
Vendo o desespero dos amigos no momento da notícia da morte da Eloá e vendo a diretora do hospital chorando na entrevista coletiva foi muito triste. Me senti como alguém próxima que, assim como eles, não podia fazer absolutamente nada para reverter aquela situação.
Eu, mesmo não entendendo nada de negociação já tinha consciência de que, se o seqüestrador tivesse que se arrepender não teria prolongado tanto essa história.
Também na reportagem, um perito fez uma simulação de como a SWAT agiria num caso desses e, por incrível que pareça, uma das possibilidades também já havia se passado pela minha cabeça. E como já disse, sou leiga no assunto.
É triste que nossa polícia, mais uma vez, não tenha tido capacidade suficiente para salvar a vida da jovem Eloá. É triste também saber que a Nayara, toda vez que se olhar no espelho, reviverá as cenas daquelas cem horas de horror que esteve em poder de um seqüestrador. E o seqüestrador, um demente, maldito, infeliz, que poderia ter atirado na própria cabeça e acabado com o único problema existente: ELE PRÓPRIO. Agora está lá, vivo, sendo sustentado por nós que não temos opção nenhuma, pois acredito que se pudéssemos escolher o deixaríamos morrer de fome.
Felizmente a família deixou a dor de lado e autorizou a doação de órgãos que certamente salvará a vida de outras pessoas, já que a da Eloá, infelizmente, não pôde ser salva.
Que a menina Eloá esteja num lugar muito melhor que este mundo cruel e que as boas lembranças estejam sempre presentes na mente dos seus entes queridos.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

SEM EXPECTATIVA!!!!


Hoje estou num naqueles dias sem expectativa de coisa alguma.
Sei que não posso reclamar da minha vida profissional, pois além de ter conseguido a alteração de cargo mais que merecida, estou com dois trabalhos extras nas quartas e sextas à noite, o que me deixa mais aliviada na questão financeira.
Mas minha falta de expectativa é em relação a relacionamentos mesmo. Muitas pessoas falam que é preciso, em primeiro lugar, gostar da gente mesmo para que depois outras pessoas também gostem. Mas eu gosto de mim. Claro que tem dias que me olho no espelho e sinto medo, muito medo, mas isso não diminui o orgulho que sinto por mim mesma. Orgulho dos meus olhos azuis, do meu rosto que ainda mantém traços de menina, do bom papo, do bom gosto na escolha das minhas roupas, dos acessórios, dos sapatos combinando com a bolsa... Orgulho também por ter saído de casa aos 18 anos, ter driblado muitos obstáculos pra fazer uma faculdade e hoje olhando pra trás vejo que, além disso, fiz duas especializações, moro sozinha e banco todas as despesas, tenho o meu carro, posso me dar o luxo de ir no salão toda semana, saio com os amigos sempre que minha agenda permite. Mas, mesmo assim, sinto falta de ter alguém pra compartilhar meu dia, meu jantar e minha cama.
Não vou aqui reclamar que ninguém se interessa por mim. O problema está na minha exigência. Não suporto a idéia de ficar com alguém pelo simples fato de não querer estar sozinha. Pra mim o sentimento é obrigatório. As borboletas no estômago são indispensáveis. Pensar na pessoa e esboçar um sorriso involuntário idem. Ansiar pelo próximo encontro e planejar cada detalhe do mesmo, no meu ponto de vista, é imprescindível.
Sempre acreditei em destino e na esperança do tempo colocar as coisas no lugar certo. Mas tem um bom tempo que espero encontrar alguém especial, só que entra ano e sai ano e nada acontece...
Hoje sinto meu coração vazio, sem alguém pra pensar, pra desabafar, pra amar...
Mas amanhã há de ser um novo dia...

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Solidão...

Morar sozinho é o desejo de quase todo o jovem.
Ter independência, não precisar dar satisfação, comer a hora que tiver fome, arrumar a casa quando sentir vontade, enfim... tudo isso é deslumbrante.
Mas com o passar do tempo, percebe-se que a tão sonhada liberdade nem é assim tão maravilhosa.
Começa com a saudade dos familiares e amigos que ficaram distantes que se junta com a vontade daquela comidinha que só a mãe da gente sabe fazer, depois vem a necessidade de ir ao supermercado, a falta de ânimo pra organizar a própria bagunça, a responsabilidade de pagar as contas e por aí vai...
E quando se percebe que quase todas as suas amigas estão casadas ou com o pé no altar e você ali, sozinha, sem namorado, sem ânimo pra sair, sem grana pra fazer uma viagem bacana... depara-se com a tão temida solidão...
E por mais que eu ame morar sozinha, curta minha própria companhia, o fato é que estar longe dos meus amores dói demais e me faz querer cada vez mais estar pertinho deles...
Ainda dou meia-volta e mudo o rumo dessa história...

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

EU MEREÇO!!!!


Hoje, felizmente, há uma grande liberdade em relação à sexualidade, o que dá a cada pessoa a possibilidade de escolher o que lhe faz mais feliz.
Acho muito válido que as pessoas hoje possam assumir suas verdadeiras vontades e viver sua vida sem se esconder atrás de uma falsa imagem.
Mas nesta semana aconteceu algo que me indignou. Estava eu, trabalhando num concurso público e eis que chega um candidato ao concurso, que estava vestido como homem, cabelo cortado como de um homem, falava grosso como um homem, mas não era um homem e sim uma mulher e isso era visível, pois tudo nela era muito forçado.
Pois bem, até aí nada de mais... o problema se deu quando ela me procurou solicitando que não queria ser chamada pelo nome constante no documento de identificação e, conseqüentemente na lista de presença, pois disse que isso poderia causar-lhe constrangimento. Disse-lhe que não poderia chamá-la por outro nome senão o constante na lista. Pois ela continuou insistindo e fui forçada a pedir a intercessão de superiores, os quais reforçaram minha informação inicial e mesmo assim ela pediu que seu nome não fosse divulgado.
Mas que constrangimento passaria???? Essa não foi a sua escolha???? Minha vontade era dar de dedo na cara dessa criatura e dizer-lhe que se fez essa opção sexual, que assumisse os riscos, que enfrentasse seus problemas de frente, enfim, que impusesse respeito ao modo de vida que escolheu e não envolvesse outras pessoas em situações tão ridículas como aquela.
E mais, todos os demais candidatos estavam tão tensos com a prova que iriam fazer que sequer notariam que ela estava vestida masculinamente.
O fato é que, para não criar caso, acabei tendo que chamá-la de uma forma inaudível... e assim a vontade dela foi feita e a minha tive que engolir em seco.